quarta-feira, 23 de novembro de 2011

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O que é filosofia? Sócrates, Platão e Aristóteles

Uma video-aula onde é explicada a definição de filosofia de uns dos grandes filosofos da época são eles Sócrates, Platão e Aristóteles.


Biografia de Platão


Um dos filósofos que mais influenciaram a cultura ocidental, Platão, cujo nome verdadeiro era Aristócles, nasceu de uma família rica, envolvida com políticos. Muitos estudiosos de sua obra dizem que o grego ficou conhecido como Platão por causa do seu vigor físico e ombros largos ("platos" significa largueza). A excelência na forma física era muito apreciada na Grécia antiga e os seus "diálogos" estão repletos de referências às competições esportivas. Ainda na juventude, tornou-se discípulo de Sócrates, com quem conviveu durante oito anos, iniciando-se na filosofia. Depois de acompanhar todo o processo que condenou o seu mestre (Sócrates, acusado de corromper a juventude e de não acreditar nos "deuses", foi obrigado a beber o veneno cicuta, que o levaria à morte), Platão, desiludido com a democracia ateniense, viaja para outras cidades da Grécia, Egito e sul da Itália, e começa a escrever.
            Platão teve uma educação semelhante à dos jovens aristocratas da sua época, recebendo aulas de retórica, música, matemática e ginástica. Em 387 AC, funda em Atenas uma escola chamada Academia, com uma exigência, escrita na fachada: "Que aqui não entre quem não for geômetra". Em pouco tempo, esta escola tornou-se um dos maiores centros culturais da Grécia, tendo recebido políticos e filósofos como Aristóteles, Demóstenes, Eudoxo de Cnido e Esquines, entre outros. A sua obra conta com 28 diálogos (alguns historiadores dizem que foram 30) basicamente centrados em Sócrates, onde procura definir noções como a mentira (Hípias menor), o dever (Críton), a natureza humana (Alcibíades), a sabedoria (Cármides), a coragem (Laques), a amizade (Lísis), a piedade (Eutífron) e a retórica (Górgias, Protágoras). Entre 387 e 361 AC, escreveu Menexeno, Ménon (sobre a virtude), Eutidemo (sobre a erística), Crátilo (sobre a justeza dos nomes), O banquete (sobre o amor), Fédon, a república (sobre a justiça), Fedro, Teeteto (sobre a ciência) e Parmênides. Os diálogos da maturidade são O sofista (sobre o ser), O político, Timeu (sobre a natureza), Crítias (sobre Atlântida), Filebo (sobre o prazer) e As leis. O filósofo também deixou algumas cartas.
            Pela tradição familiar, o seu destino deveria ser a política. Mas, a experiência dos políticos que governaram Atenas por imposição de Esparta (404AC/403 AC), entre os quais estavam dois de seus tios, fez Platão afastar-se dessa forma de política. De acordo com o filósofo, uma cidade-modelo deveria distribuir os seus habitantes em três segmentos: os sábios deveriam pertencem à ordem dos governantes, os corajosos, que deveriam zelar pela segurança, à ordem dos guardiões, e os demais, responsáveis pela agricultura e comércio, fariam parte da ordem dos produtores. O filósofo também não concordava que os políticos mais votados assumissem os principais cargos em uma cidade ou país. Para Platão, nem sempre o mais votado era o mais bem preparado. Dentro deste contexto, era necessário criar uma alternativa para impedir que a corrupção e a incompetência tomassem conta do poder público.
            A forma dos escritos platônicos é o diálogo, transição espontânea entre o ensinamento oral e fragmentário de Sócrates e o método estritamente didático de Aristóteles. No fundador da Academia, o mito e a poesia confundem-se muitas vezes com os elementos puramente racionais do sistema. A atividade literária do filósofo grego compreende mais de cinqüenta anos da sua vida: desde a morte de Sócrates até a sua morte.

sábado, 5 de novembro de 2011

Diálogos de Platão

Os diálogos de Platão representam a filosofia platônica na sua forma escrita. Ao contrário de seus predecessores pré-socráticos (que escreveram ora em poesia, ora em prosa) e de seu mestre Sócrates (que, deliberadamente, não deixou nenhum escrito), Platão confiou ao diálogo a expressão e transmissão de sua filosofia. O diálogo platônico tem sua origem na dialética socrática e visa reproduzi-la.
Trinta e cinco diálogos e treze cartas são tradicionalmente atribuídos a Platão. No entanto, é tema de controvérsia e discussão tanto a autenticidade quanto a cronologia dos diálogos. Já na Antiguidade circulavam textos sabidamente apócrifos com o nome de Platão. Também não há acordo a respeito da autenticidade das cartas. Estas obras também foram publicadas em diversas épocas, e das mais variadas maneiras, o que levou a diferentes convenções no que diz respeito à nomenclatura e referenciação dos textos.
A organização clássica da obra platônica em tetralogias deve-se ao gramático alexandrino Trasilo de Mendes (que também organizou as obras de Demócrito de Abdera do mesmo modo). A tetralogia dos diálogos platônicos organizados por Trasilo tem a seguinte disposição, onde as obras assinaladas com (*) tem autenticidade duvidosa e as obras assinaladas com (**) são consideradas apócrifas:
I. Eutífron · Apologia de Sócrates (Monólogo) · Críton · Fédon
II. Crátilo · Teeteto · Sofista · Político
III. Parmênides · Filebo · O Banquete · Fedro
IV. Primeiro Alcibíades (*) · Segundo Alcibíades (**) · Hiparco (**) · Amantes rivais (**)
V. Teages (**) · Cármides · Laques · Lísis
VI. Eutidemo · Protágoras · Górgias · Mênon
VII. Hípias maior (*) · Hípias menor · Íon · Menexêno
VIII. Clitofon (*) · A República · Timeu · Crítias
IX. Minos (**) · Leis · Epínomis (**) · Epístolas (*)
Além destas obras, os seguintes diálogos circularam sob o nome de Platão:
Axíoco (**) · Definições (**) · Da justiça (**) · Da virtude (**) · Demódoco (**) · Sísifo (**) · Hálcion (**) · Eríxias (**)
A correta avaliação dos escritos platônicos, as ligações entre os temas abordados nos diálogos além dos problemas de cronologia e autenticidade suscitam debates. Todavia, um dos mais intricados problemas relacionado ao pensamento de Platão diz respeito ao que se convencionou chamar de doutrina não-escrita. Tal doutrina Platão não desejou confiar à escrita, uma vez que a julgava demasiado complexa e de suma importância para uma exposição convencional. Freqüentemente, as personagens que figuram nos diálogos platônicos são personagens históricas, como, por exemplo, Parmênides, Górgias e Protágoras. Outras personagens, entretanto, parecem fictícias ou de existência duvidosa.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A1logos_de_Plat%C3%A3o

Apologia de Sócrates

Apologia de Sócrates (por vezes simplesmente Apologia) é a versão de Platão de um discurso dado por Sócrates. Apologia de Sócrates é considerado o segundo livro da tetralogia formada pelos seguintes diálogos: Eutífrone, onde vemos o filósofo, ainda livre, indo para o tribunal a fim de conhecer as acusações que lhe foram movidas pelo jovem Meleto; a Apologia, com a descrição do processo; o Críton, com a visita de seu amigo mais querido ao cárcere; o Fédon, com os últimos instantes de vida e o discurso sobre a imortalidade da alma. Em Apologia de Sócrates, o mesmo faz sua defesa sobre as acusações de "corromper a juventude, não acreditar nos deuses e criar a nova Deidade". (criar novos Deuses)

Síntese da obra

Sócrates começa a sua defesa advertindo que dirá unicamente a verdade e, ao mesmo tempo, afirmando que seus acusadores nada disseram de verdadeiro, embora tenha sido tão convincentes que quase fizeram o próprio Sócrates crer que era culpado pelo que não fez. Demarca-se aqui a contraposição entre a sofística e a filosofia: Sócrates, representante maior desta na obra platônica, alega que, apesar de não ter a experiência de falar em tribunais e não dominar a retórica própria desse ambiente pronunciará exclusivamente a verdade, sua preocupação como filósofo; seus denunciadores, ao contrário, não teriam compromisso com ela, mas apenas com a persuasão, com o uso da retórica para obtenção de seus interesses. O filósofo resgata as acusações que pesam sobre ele, desde as mais antigas, que não faziam parte do processo, mas poderiam influenciar a decisão dos juízes, até as mais recentes e oficiais. As denúncias que pesam contra Sócrates são a de não reconhecer os deuses que o Estado reconhece, de introduzir novos cultos e, também, de corromper a juventude, pelo que receberia pena capital, caso fosse julgado culpado. Essa acusação é assinada por Meleto, que representa os poetas, mas não somente ele; também Ânito, representante dos políticos e artífices, e Licon, ligado aos oradores, tendo os três o mesmo direito de palavra no desenvolvimento do processo.
Pouco se sabe sobre Mileto. Teria sido um tragediógrafo, cujos motivos para acusá-lo Sócrates alega desconhecer. Ânito é tido como o provável mentor do processo. Era um cidadão importante, pertencente a uma família de ricos comerciantes de curtumes; fora general a serviço de Atenas, durante a Guerra do Peloponeso. Destacou-se no cenário político ateniense por ser contra os Trinta Tiranos, ganhando simpatia por não pleitear recompensas pelos prejuízos econômicos que sofrera durante a oligarquia. As razões que o levaram a acusar Sócrates foram muitas, dentre elas, o relacionamento desaprovado de seu filho com o filósofo. Sobre Licon, pouco se sabe. Foi um orador relativamente afamado em Atenas, cujos motivos para a acusação Sócrates afirma desconhecer. Em sua defesa, Sócrates, que atesta veementemente sua franqueza, busca um elemento que possa convencer os juízes de sua sabedoria. Menciona que o Oráculo de Delfos afirmou ser ele o homem mais sábio de sua época, pois, ao inquirir os políticos, os poetas e os artífices, todos afirmavam obter a plena sabedoria; e que somente ele, Sócrates, era o verdadeiro sábio, porque tinha a plena noção de sua “douta-ignorância” (“Sei que nada sei”). Depois de ser julgado, enquanto aguarda a sentença, Sócrates volta à idéia de fazer o que pensa ser justo, mesmo que suas ações o levem à morte. Toma como exemplo Aquiles, que, mesmo sabendo que seu ato iria levá-lo à morte, recusou-se a agir injustamente, vingando a morte de seu grande companheiro Pátroclo. Ao ser julgado, Sócrates diz não estranhar a decisão, mas sim a razão dos votos contra (230) e a favor (280) da condenação, pois, se apenas 30 juízes da acusação tivessem votado contra, ele teria sido absolvido. Afirma que deveria fazer parte dos célebres que se encontram no Pritaneu e lamenta as leis de Atenas, que lhe concedem pouco tempo para sua defesa, em comparação a outras cidades em que a lei impede que uma pena de morte possa ser ditada em apenas um dia, e que por isso seria impossível se desfazer de tantas acusações em tão pouco tempo. Sócrates declara ter sido condenado pela falta de pudor, mas não pela falta de argumentos e afirma que não se arrepende da sua defesa, pois os que o condenam serão condenados mais tarde. Àqueles que votaram favoravelmente, diz serem justos como juízes. E pronuncia um discurso elogioso sobre a morte, destacando o desconhecimento que o homem tem de sua real natureza, e elencando as duas hipóteses: a da morte ser um sonho eterno e uma ausência de sentidos ou uma simples passagem para outro mundo, regozijando-se com ambas. E termina, afetando a necessidade de encurtar a sua defesa torpe: "Mas já é hora de nos retirarmos, eu, para morrer, e vocês para viverem. Entre vocês e eu, quem está melhor? Isso é o que ninguém sabe excepto Zeus"


http://pt.wikipedia.org/wiki/Apologia_de_S%C3%B3crates

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Solipsismo – a esquizofrenia filosófica


Você existe? Talvez não. Há uma corrente filosófica que prega que somente “eu” e, conseqüentemente, minhas experiências são reais. Todo o resto, incluindo as demais pessoas, árvores, móveis, etc, são criações de minha mente. Trata-se do solipsismo. É claro que, você que lê esse artigo e possui consciência de sua existência, tem certeza que existe e que, se essa teoria está correta, eu é que sou uma criação sua. Portanto, para entender melhor, vamos colocar você (sim, você que está lendo esse texto) como o “ser existente”, para entender melhor o solipsismo. Você existe. Eu, sua família, seus amigos, colegas de trabalho, pessoas que andam pela rua, enfim, todas as outras pessoas além de você, todas as plantas, prédios, árvores, flores, etc, são criações de sua mente. Nós, as outras pessoas, não temos consciência, pois somos parte da sua consciência. Nós não pensamos. Tudo o que fazemos e falamos é exatamente o que você criou. Podemos ter uma certeza, ou, pelo menos, um de nós pode: “Eu existo”. A partir do momento em que você tem consciência de sua existência e adere ao solipsismo, tudo a sua volta se resume numa grande e complexa ilusão. Você existe e eu te digo que também existo. Mas eu não tenho como lhe provar que eu realmente existo e que não sou uma criação de sua mente, da mesma forma que você também não tem como me provar. Mas como você sabe que existe, a única certeza que pode ter é que, pelo menos você, sem dúvida, é um ser, ou, talvez o único ser. Enquanto eu posso existir de fato, ou não. Para você, sou somente uma possibilidade. Enquanto para mim, você, que está lendo este artigo neste momento, é apenas fruto da minha fértil imaginação. 

Muito interessante esse topico, foi retirado do blog: http://fabricadefilosofia.blogspot.com

Anatomia do filósofo

Quem foi Nietzsche?

 
Friedrich Wilhelm Nietzsche foi um filósofo e filólogo alemão, nascido em 15 de Outubro de 1844 em Röcken, uma localidade próxima de Leipzig. Ele era filho e neto de pastores (“pastores alemães”), portanto, nasceu no seio do protestantismo. Quando criança, seus colegas de escola o chamavam de “pequeno pastor”, devido a esse legado. Na juventude, ele se especializou em grego, alemão, latim, em estudos bíblicos, até que foi se dedicar aos estudos de teologia e filosofia, em Bonn. Porém, influenciado por seu dileto professor Ritschl, foi para Leipzig e resolveu largar essa formação e partir para os estudos em filologia (sua principal formação). Considerava a filologia não apenas como história e estudo das formas literárias, mas como estudo das instituições e das idéias ou pensamento.
O afastamento de seu berço original (o protestantismo) se evidenciou na vida de Nietzsche como “ruptura” por meio da leitura de filósofos como Fichte e Arthur Schopenhauer, e de poetas como Hölderlin e Lord Byron. A partir de então, ele começa a encontrar asilo no ateísmo e numa leitura da existência como tragédia (coisa que teve a ver também com sua leitura dos gregos). Ao longo de seus 66 anos de existência, até sua morte em 1900, Nietzsche escreveu muitas obras, poemas e cartas. Dentre as mais conhecidas estão: “O nascimento da tragédia” (1871), “Humano, demasiado humano” (1878), “A gaia ciência” (1881), “Assim falou Zaratrusta” (1883), “Além do bem e do mal” (1885), “Genealogia da moral” (1887), “Crepúsculo dos ídolos” (1888) e “O Anticristo” (1888). Hoje, Nietzsche é conhecido dentro e fora dos ambientes acadêmicos como um cético inveterado e ateu, severo crítico do cristianismo, que declarou a “morte de Deus”.

Mito da Caverna de Platão por Maurício de Souza


O mito da caverna é uma das famosas parábolas escritas por Platão. A idéia consiste em pessoas que vivem numa caverna e acreditam que o mundo real é aquilo que aparece na parede: sombras formadas pela luz que entra pela única fresta existente.  As pessoas lutam contra qualquer um que diga o contrário.
 Abaixo uma história em quadrinhos do Piteco, personagem de Maurício de Souza(apresentado em video), que capta perfeitamente a essência do que Platão queria dizer.